Blogs: Na educação

Blogs no domínio educativo

Concepção

Devo começar por referir que no domínio educativo também adopto a concepção de blog enunciada no post designado por "Blogs: Potencialidades/Limitações" editado, por mim, no "multidisciplinar" a 16/03. Assim, enquanto professora considero que ensinar implica, entre outros aspectos, informar, comunicar e partilhar. Do mesmo modo, defendo que aprender também pressupõe a conjugação destes verbos. O aluno dá indicações, a quem o rodeia e particularmente a quem o ensina, sobre o que vai aprendendo, colocando dúvidas, exibindo dificuldades e certezas, evidenciando artefactos cognitivos e partilhando saberes. Logo informa, comunica e partilha.

Potencialidades

Na concepção enunciada está implícito o reconhecimento de que os blogs podem significar uma mais valia no domínio educativo.

Esta mais valia começa por resultar das potencialidades dos blogs já apontadas no post "Blogs: Potencialidades/Limitações", editado a 16/03, e dizem respeito ao seu carácter amigável, à sua ajustabilidade, à sua matriz socialibilizadora e democrática da divulgação da informação e ainda ao cunho individual da produção dessa mesma informação que permitem.

Para além disso, entendo que a apetência dos jovens pela bloggoesfera também constitui um incentivo para que os docentes incluam os blogs nas suas práticas e, enquanto recurso pedagógico, podem funcionar em regime de prolongamento e de complementaridade da actividade desenvolvida na sala de aula.

Assim, e como professora de Matemática poderei criar blogs temáticos relacionados com as unidades programáticas e neles disponibilizar informação, sugerir e orientar a resolução de alguns problemas ou pesquisas sobre os assuntos tratados durante as aulas, suscitar e conduzir o debate de ideias sobre esses mesmos assuntos.

Ainda enquanto professora de Matemática, também poderei criar blogs para cada uma das minhas turmas e através deles dar oportunidade aos alunos para colocarem dúvidas e emitirem opiniões, por exemplo, sobre o desenvolvimento das aulas. Alunos para os quais a presença dos outros seja inibidora da manifestação do que pensam, talvez através do blog poderão sentir mais à vontade para expressarem as suas opiniões. Por certo que esta informação ajudar-me-á a conduzir as aulas de uma forma mais consentânea com os interesses e as características de cada uma das minhas turmas.

Como Directora de Turma também reconheço bastantes potencialidades aos blogs, por facilitarem o contacto com os alunos, com os docentes e com os pais/encarregados de educação. O contacto virtual, possível através da bloggesfera, pode aprofundar e melhorar as relações estabelecidas através do contacto directo, para além de também poder facilitar a resolução dos problemas administrativos inerentes a qualquer Direcção de Turma.

Ao nível do Grupo de Recrutamento também vejo vantagens na utilização da bloggoesfera, para efeitos por exemplo da troca de ideias sobre planificações, a estrutura de testes e o tipo de questões a colocar aos alunos e ainda sobre o desenvolvimento das diferentes actividades em que os professores do grupo possam estar envolvidos.

Limitações

De novo remeto para post "Blogs: Potencialidades/Limitações", editado a 16/03, pois também, no domínio educativo, considero existirem as limitações aí enunciadas.

Para além destas, defendo que a introdução desta ferramenta nas práticas docentes poderá não ser fácil não só pela insegurança que o "novo" pode transportar, mas também pela necessidade de se vencer a inércia e a acomodação e de se quebrarem os hábitos e as rotinas de quem está na profissão já há algum tempo, como é o meu caso.

O facto do blog prolongar o trabalho do professor com os alunos para fora dos limites físicos da sala de aula também poderá constituir uma limitação pois, em última análise, redundará inevitavelmente num acréscimo de trabalho para o docente.

Nota final

No domínio educativo certamente existirão outras potencialidades e ou limitações que eu não antecipo por falta de experiência enquanto blogger, espero contudo vir a descobri-las num futuro próximo.

Blogs: Potencialidades/Limitações

Blogs:

Concepção

Associo um blog, sobretudo, a três verbos, a saber, informar, comunicar e partilhar.

Resulta esta associação do facto de se poder recorrer a um blog com o objectivo de se divulgarem notícias e eventos, tecerem comentários sobre a actualidade, expressarem ideias ou opiniões, ou de se discutirem e trocarem argumentos sobre as mais variadas temáticas.

Enquadramento empírico desta concepção

Muito reduzido, uma vez que só me iniciei neste assunto na aula de 3 de Março de 2010. Por este motivo, estou muito pouco segura relativamente às considerações que apresentarei em seguida. Reportando-me a Schon, poderei considerar que elas se enquadram no que se poderá designar por reflexão sobre a iniciação.

Potencialidades gerais

As possibilidades referidas na concepção enunciada, isto é, de informar ou de se ser informado por meio de um blog, de se estabelecer comunicação com os outros ou de se partilharem pontos de vista, configuram-se claramente como virtualidades apreciáveis deste recurso.

Outro aspecto positivo a assinalar, alicerçado na minha experiência como blogger recente, é o carácter amigável deste recurso. Incluo nesta qualificação a sua gratuitidade, o facto de ser fácil criar, aceder e manusear um blog e também a simplicidade de que se reveste a interacção com os outros que este recurso permite.

Apesar dos meus reduzidos contactos com a bloggoesfera, sublinho como potencialidade a ajustabilidade dos blogs às necessidades dos utilizadores, desde logo pela quantidade e diversidade de conteúdos que é possível emitir e também aceder através deste recurso, bem como devido às variadíssimas hipóteses de formatação e de organização dos conteúdos, oferecidas por um blog.

A dimensão do universo com o qual se pode comunicar e que pode aceder à informação disponibilizada através de um blog é outra potencialidade que devo destacar e que permite considerá-lo como um recurso especialmente vocacionado para a sociabilização e democratização da informação e da comunicação.

A circunstância de apenas o detentor do blog poder alterar e eliminar as mensagens é outra característica a valorizar pois permite conciliar a dimensão individual da produção de informação com a dimensão social referida anteriormente.

Limitações gerais

Não obstante o meu reduzido contacto com este recurso, considero que uma análise mais atenta de algumas das características de um blog, que apontei como potencialidades, permite concluir que nem todas encerram apenas vantagens. Por exemplo, a enorme quantidade de informação a que se pode ter acesso, através de um blog, poderá dificultar, ou até impedir, a assimilação da mesma. Sobetudo se se considerar que tal acesso poderá ter lugar durante um curtíssimo período de tempo. Acresce ainda o risco dessa vastíssima quantidade de informação poder fomentar a avidez do utilizador por mais e mais informação, sem que este processo esteja associado a qualquer preocupação relativamente à necessidade de se analisar, avaliar e reflectir sobre os conteúdos dos blogs. Deste modo, o risco da inibição ou, pelo menos, da relativização do sentido crítico e da formulação de juízos de valor sobre a informação recebida ponderão constituir limitações dos blogs.

Outro aspecto a ter em conta está relacionado com o rigor e a credibilidade dos conteúdos dos blogs. Na verdade, o carácter amigável, que assinalei anteriormente como potencialidade, poderá promover o risco da ausência de fiabilidade da informação veiculada pelos blogs.

Nota: As potencialidades e limitações no domínio educativo serão assinaladas noutro post.

Potencialidades/Limitações dos Blogs

Em fase de congeminação/reflexão!

A minha escassa informação sobre este assunto associada à minha inexperiência, enquanto utilizadora, obriga-me a pensar mais algumas horas. Neste momento o número de ideias sobre esta matéria é quase um deserto, como pretendo simbolizar com a imagem associada. Se se observar com atenção neste deserto existem algumas edificações. Na minha mente também existem algumas ideias. Espero que evoluam e que se organizem!

Actualidade

Fiquei a saber por meio de uma notícia do jornal "Público", de 13/03, que através de uma sondagem, realizada em 26 países e que incidiu sobre 27 973 pessoas, se concluiu que aproximadamente quatro em cada cinco adultos consideram que a Internet deveria ser considerada um direito fundamental. Trata-se, suponho, de um resultado impressionante e que promove a consciencialização de que de facto estamos no século XXI.

Atribuições

Atribuições/Tarefas

Quando iniciei funções imaginei que a minha principal actividade consistia em ensinar Matemática. Para tal estava consciente de que deveria aprofundar a minha formação inicial, a qual já abrangia, várias dimensões. Além do domínio científico objecto da minha leccionação, já possuía noções sobre algumas teorias de aprendizagem, as várias formas de conceber o desenvolvimento do conhecimento matemático e consequentemente a sua aprendizagem, alguma informação sobre a história do desenvolvimento do conhecimento matemático, essencial de resto para a compreensão de algumas dificuldades dos alunos relativamente a algumas noções.
No segundo ano de carreira, fui eleita delegada de grupo. Nessa altura percebi que afinal, além de professora de Matemática era necessário desempenhar outras funções bem diferentes daquelas para a quais tinha recebido formação. Pouco tempo depois, deparei-me com o cargo de directora de turma que procurei desempenhar o melhor possível mas relativamente ao qual também não tinha recebido qualquer formação.

Em meados da década de oitenta, percebi que, a par de todos os outros domínios formativos, deveria também incluir nos meus interesses o que se designava na altura, pelas novas tecnologias de informação. Como consequência, no final da década de oitenta e sem saber bem como, além de professora de Matemática era também professora de Word, folha de cálculo, base de dados, Unix e DBase IV, não obstante os reduzidos conhecimentos que possuía sobre estas matérias. Para além disso, acumulava estes dois exercícios docentes com a Direcção de Instalações de um Laboratório de Matemática e ainda a Direcção de uma das minhas turmas. Ou seja a actividade de professora de Matemática já tinha deixado de ser a que mais me ocupava. A partir de então esta situação nunca mais se inverteu. As atribuições cada vez são mais, o mesmo sucedendo relativamente aos domínios formativos. Hoje, além de tudo o que já se exigia anteriormente, espera-se que o professor também possua um amplo conhecimento jurídico, seja gestor, psicólogo, sociólogo, avaliador, coordenador dos mais variados sectores e estruturas, dinamize projectos inovadores, etc, etc, etc.

Designação do blog

Multidisciplinar

Designação que considerei adequada devido a duas ordens de razões. Em primeiro lugar, pela natureza multidisciplinar das competências e dos saberes que hoje se reconhece que um professor deve possuir, nomeadamente, a Investigação Educacional. Em segundo lugar, pela diversidade e multiplicidade das tarefas e exigências que diariamente se colocam a qualquer docente.

Multidisciplinar porquê?

Apresentação

Olá


Primeira experiência como blogger!

Como fui bem sucedida continuarei mais tarde.